terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Quem é a Ana...

As pessoas sempre pedem para que eu me defina, pois acham difícil me decifrar, mas acontece que eu não tenho culpa se toda manhã eu acordo uma outra pessoa, com novos sonhos, amores, alegrias e objetivos...
O que sei é que realmente não sou uma mulher comum, ou talvez eu não seja um ser humano comum, afinal eu ainda me importo com o próximo... Acredito que política é coisa séria, e que deveria ser conduzida por pessoas com vontade de mudança e que realmente tivessem espírito coletivo... Eu amo futebol, mas jamais trocaria duas horas em frente a TV por um bom papo com os amigos... Acredito em Deus, sou católica por opção, mas discordo de muitas coisas que ainda hoje são pregadas pela religião... E o AMOR??? Ah eu ainda acredito em príncipes encantados, embora saiba que hoje em dia eles podem chegar num fusquinha e com alguns quilinhos a mais.
A Ana ama chocolate, adora ler, adora bater papo e bater perna também, adora jogar buraco, ama fazer cruzadinhas, adora fazer amigos... Sonha com um país mais digno para os mais necessitados, pois sabe o que é ter muito dinheiro, mas também sabe o que é não ter R$ 1,00.
E está mesma Ana pode ser um poço de alegria, ou um balde de tristeza. Pode ser uma fera, ou apenas uma bela... Pode brigar hoje e pedir desculpas amanhã!

A Ana que é uma típica geminiana, em breve será também uma típica cientista política, ou seja, não deixará de sonhar, mesmo sabendo que o sistema é corrupto e corruptor.

Sei que a vida pode ser difícil, mas, também sei o quanto é maravilhoso vivé-la, e que depois da tempestade sempre pinta um arco-íris para enfeitar nossas vidas!

Uma música para me definir???


Eu apenas queria que você soubesse
Que aquela alegria ainda está comigo
E que a minha ternura não ficou na estrada
Não ficou no tempo presa na poeira
Eu apenas queria que você soubesse
Que esta menina hoje é uma mulher
E que esta mulher é uma menina
Que colheu seu fruto flor do seu carinho
Eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta
Que hoje eu me gosto muito mais
Porque me entendo muito mais também
E que a atitude de recomeçar é todo dia toda hora
É se respeitar na sua força e fé
E se olhar bem fundo até o dedão do pé
Eu apenas queira que você soubesse
Que essa criança brinca nesta roda
E não teme o corte de novas feridas
Pois tem a saúde que aprendeu com a vida
Gonzaguinha -

Se o governo Lula possui 80% de aprovação, por que Dilma Rouseff enfrenta dificuldades para se eleger? - 22/10/2010

Nos últimos 20 anos pode se observar que o eleitor brasileiro tem mantido uma linha de raciocínio na hora de escolher seu presidente, ou seja, o brasileiro tende a manter governos bem sucedidos, assim como elege seus sucessores, e quando a situação é de crise eles optam pela ruptura e pela escolha de uma nova tendência, porém como estamos falando de uma democracia nova, como a brasileira, ainda não podemos afirmar que está é uma característica do eleitor brasileiro.
Os exemplos dos últimos anos foram:
1. O governo Itamar que elegeu seu então Ministro Fernando Henrique Cardoso, um dos responsáveis por implantar o Plano Real no país;
2. FHC, que obteve excelentes índices de aprovação no seu primeiro mandato, o que acabou por garantir sua reeleição, porém, este mesmo desempenho, só que desta vez negativo, foi o responsável pela derrota do seu Partido para o PT em 2002, quando o país enfrentava uma grave crise financeira;
3. Desde então, o país tem a frente do governo, Luis Inácio Lula da Silva, que se tornou o presidente com os melhores índices de aprovação da história do país, apesar de ter tido um governo cheio de escândalos e casos de corrupção, tanto de seu partido, como da oposição.
Apesar da questão econômica ainda ter um grande peso na decisão do brasileiro, o que enfrentamos em 2010 é uma situação atípica, e que só poderemos esclarecer passado o segundo turno, pois apesar da estável conjuntura econômica, Lula tem enfrentado dificuldades para eleger sua sucessora.
Pela primeira vez na história do país tivemos duas mulheres concorrendo com reais chances de mudar a nossa conjuntura política, Dilma Rouseff e Marina Silva, duas mulheres que nasceram da chamada esquerda brasileira, uma com grande histórico político, desde a criação de um partido a luta em revoluções, mas que nunca teve um mandato eletivo, outra que demorou a entrar na política, e até mesmo a entender o que era política devido à falta de acesso ao conhecimento, mas que foi ministra do atual governo, além dos cargos eletivos que ocupou, uma vinda do PDT para o PT, e a outra que trocou o PT pelo PV, e o homem desta campanha, que tenta pela segunda vez o mandato a presidência, já foi prefeito, governador e bem sucedido ministro, José Serra é oriundo de partidos ditos de direita, e foi a indicação de FHC em 2002, e apesar de ser a segunda vez enfrenta um mesmo problema, Lula.
Nós hoje temos um presidente bem avaliado, vindo da massa, porém com dois problemas: seus eleitores são fiéis a ele, e não ao seu partido, e devido às diversas crises enfrentadas durante seu mandato teve que escolher uma pessoa competente, porém que era quase uma anônima para está massa que o vangloria.
Durante a campanha vieram outros problemas, enquanto Lula tentava fazer de Dilma uma pessoa conhecida, carismática e mostrar ao povo sua competência, os partidos de “direita” tentavam o contrário, pois os que trabalham com política sabem que o eleitor brasileiro ainda é influenciado por questões culturais, religiosas, e que eventos impactantes durante a eleição podem gerar flutuações nos votos, o que não afeta apenas, militantes e filiados, mas já afeta os simpatizantes.
O voto do brasileiro, na sua grande maioria não é partidário, não esta fidelizado em legendas, o que pode explicar o fato do presidente ter 80% de aprovação e Dilma, sua escolhida, hoje ter em média 56% das intenções de voto. Escândalos como o caso Erenice, o fato de ser contra ou a favor do aborto, opção sexual, podem também ter mudado o voto dos politicamente menos envolvidos, aqueles que apesar do preconceito, não se preocupam em buscar se os fatos são verdadeiros, agem de acordo com a opinião da mídia, ou até mesmo de seu vizinho.
Não é possível dizer que Dilma está eleita, seria uma leviandade, no entanto ficou claro que Lula será responsável por pelo menos 90% dos votos da candidata, e que talvez se não houvesse interferências externas, casos de corrupção de aliados, e uma candidata como Marina Silva, que também foi da equipe do presidente, e por ter saído em meio a um escândalo ganhou credibilidade entre a elite brasileira, a eleição teria sido definida no primeiro turno.
O grande problema de Dilma, ou Lula, nesta eleição não foi José Serra, foi Marina, os problemas com algumas posições em temas polêmicos para a sociedade e os casos de corrupção em meio a uma campanha.

“A juventude de hoje são os homens trabalhadores do amanhã.” - 21/05/2010

A juventude é o momento onde vivemos da forma mais autônoma os diferentes contextos sociais. Quando tomamos decisões sobre o que estudar e/ou trabalhar, que profissão seguir, se devemos casar, ter filhos, dentre muitas outras que em grande medida irão determinar nossa história de vida. É neste processo de exposição e escolhas é que se consolidam valores, atitudes e preferências, e por isto, é quando o jovem mais precisa de cuidados e atenções especiais, não apenas por parte da família, mas também da sociedade.

Um dos grandes problemas que os jovens enfrentam na atualidade é o desemprego, hoje eles respondem por quase metade da população economicamente ativa que procura por emprego: 3,9 milhões (ou 49,1%) dos 8 milhões de desocupados,por isto, se tornaram o grupo que efetivamente pressiona a economia para a geração de postos de trabalho.

A maior incidência de desemprego entre os jovens se deve às transformações econômicas e sociais pelas quais o País passou nas décadas de 1980 e 1990, como o baixo ritmo de crescimento econômico e a desestruturação do mercado de trabalho, além das deficiências do sistema de ensino, especialmente, do segundo grau.

Ainda hoje na maioria dos países industrializados, ou desenvolvidos, não existe um casamento do ensino com as empresas e nem se quer uma comunicação entre o ensino e o mercado de trabalho. O ensino de primeiro e segundo graus são separados de uma estrutura de ensino que ligue conhecimento à prática, devido à tradição propositadamente errada do sistema de aprendizagem. Somente a universidade, é que tem uma certa abertura ao mercado de trabalho que é questão de vida ou de morte, especificamente, em países periféricos.

O jovem deve ter o seu emprego, não somente para ganhar a vida; mas, para poder associar a intelectualidade das escolas com a vida, deve ter seu espaço garantido hoje, para avançar na criatividade dos que foram seus mestres; pois, do contrário, vai-se ter um jovem desprendido do mercado de trabalho e voltado para coisas que não fazem a sociedade evoluir. Pois as complicações existentes na fase de mudança da vida escolar para a  vida real, o desemprego, a precariedade das condições de trabalho, as baixas recompensas financeiras, podem originar um desestímulo, o descontentamento na atividade profissional.

Quando as empresas estão com problemas e tem que dispensar alguma mão-de-obra, geralmente, ela opta pela dispensa de jovens e/ou mulheres. Do mesmo modo quanto à contratação, há uma preferência por trabalhadores experientes e adultos,  devido estas considerarem eles mais responsáveis e dedicados.

Enfim, é preciso que se faça alguma coisa pelos jovens do nosso país e do mundo inteiro, mas, não é dando a estes tudo o que eles querem e entendem; mas, lhes proporcionando os instrumentos necessários a participar dos processo de produção, porém, não como mão de obra barata, e sim, como um ser produtivo e integrado na sociedade.

Embora o crescimento econômico seja uma condição necessária para a redução do desemprego juvenil, não é condição suficiente. São necessárias também políticas públicas específicas voltadas para melhorar o padrão de inserção dos jovens no mundo do trabalho, maior investimento na escolarização e qualificação dos jovens por meio de programas governamentais.

O governo sentiu a necessidade de políticas para os jovens e hoje temos programas como o ProJovem Urbano e o ProJovem Trabalhador, mas, ainda é preciso muito mais investimentos.

A juventude está tomando caminhos obscuros por culpa daqueles que rejeitam o potencial de criatividade e de liderança que lhe são peculiares. Portanto, dê as mãos aos jovens e faça dessa juventude desamparada as maiores lideranças do amanhã, pois sem ela as crises tomarão proporções incontroláveis.


Ser jovem é lutar para que o futuro determine o presente

Brasil: Do Pau-Brasil ao Real - 21/04/2010

Quem nos olha hoje com 200 milhões de habitantes, com economia estável, as crianças estudando, não importa a classe social ou cor, a inevitável abertura econômica dos últimos anos, PIB com crescimento, não pode imaginar a história que vou contar.
Somos frutos de um achado, começamos sendo colonizados, porque não dizer explorados, um país rico em recursos minerais e uma terra onde tudo que se planta dá, era a alegria do povo europeu, mas nessa briga os portugueses chegaram à frente, começaram com os índios e o pau-brasil, mas queriam mais e por medo de perder resolveram povoar, e o nosso gosto docinho queriam provar, por isso a cana resolveram cultivar, nosso açúcar se tornou monocultura, e para os negros começou a amargura, pois escambos viraram. Endinheiramos nobres, ingleses, holandeses, e é claro nosso rei português, no entanto, este queria sempre mais e por isto de um tesouro foi atrás, e adivinha, é claro que aqui tinha, assim vieram os bandeirantes, burgueses viajantes, todos em busca do nosso metal brilhante e também dos nossos diamantes, nesta briga só ganhava Dom João e nossos grandes amigos ingleses, porque aos lusitanos, os burgueses impostos deviam, afinal o ouro era todo deles, que muito espertos logo compraram os tecidos britânicos, e estes com muita astúcia e uma boa taça de vinho do porto logo enchiam seus bolsos.
Portugal não queria em uma guerra se envolver, então no Brasil veio viver, criou o Banco do Brasil, construiu castelos e abriu nossa farta manufatura as nações amigas, nosso porto nunca viu tanto navio. Porém, um rei não pode dois reinos ter, então Dom João voltou para seus nobres súditos e aqui nos deixou seu amado filho, que de tão pequeno, não podia um rei ser, assim teve que esperar para aqui governar, vieram às regências, o império, monarquias, e os movimentos separatistas.
Um povo heróico, retumbante jamais abrirá mão de sua cidadania, por isso a independência proclamou, e à república instalou, junto com ela vinha um cheirinho, do nosso mais gostoso cafezinho, que em  monocultura se transformou, foi o nosso grande salvador,  povoou o interior e a crise engoliu, levando para presidência seus grandes produtores, até que 29 chegou e nosso café declinou, foi ai que a Era Vargas começou,direitos trabalhistas, industrialização, voto secreto, direitos das mulheres. O Rio era a sede do nosso esplendor, até que veio um mineiro sonhador e uma nova capital criou, Brasília veio o progresso trazer, mas com ela o recurso virou lenha, e o Brasil ficou na pendenga, nunca devemos tanto.
O milagre só veio quando novamente nossa liberdade cessou, as finanças estavam uma beleza, mas cadê a liberdade de imprensa? O povo se cansou, Sarney chegou, e a democracia também, porém para um país novo nada  melhor que um jovem sonhador. Collor aumentou a inflação, abriu o país para a importação, nosso dinheiro congelou e o impeachment levou, quem assumiu foi um mineiro, devolvendo o dinheiro e  o plano real aprovou, este foi criado por um ministro, socialista de profissão e que virou presidente para a nação, ele o país estabilizou, aprovou a reeleição, reformulou a previdência, e no exterior só agradou, mas quando a CPMF instalou, o povo reclamou. Então elegemos um ex-operário que por quase vinte anos tentou, seu nome é Inácio e apesar de muito trabalho, ele não foi universitário, ele a estabilizar continuou e um monte de empregos criou

“Os jovens têm os seus destinos nas mãos para revolucionar quando preparados para tal situação.” - 19/04/2010

Há pouco mais de 30 anos o grande sonho dos nossos pais era viver em um país verdadeiramente democrático, onde todos tivessem direito ao voto, que eleição fosse sinal de legitimidade e que golpes fossem coisas de tatame! 
Foi após um golpe militar, há 46 anos, que se formou a juventude brasileira mais forte e atuante que até hoje tivemos notícias. Muitos foram os exilados, ou os que apanharam por suas utopias, mas a resposta para esta luta chegou, em 1988, com a aprovação da mais democrática Constituição de toda a história do Brasil. Ela consagrou, de modo geral, os ideais de mudanças e, apesar dos esforços para modificá-los, dos diferentes governos a serviço das elites, estes ainda hoje se fazem sentir. A conquista da democracia e da liberdade de votar foram as principais vitórias desta juventude, que deixou para nós, jovens do presente, vários outros legados, como: o direito de ter formação profissional, o voto aos 16 anos, a igualdade entre os sexos e a liberdade do movimento estudantil. 
Os anos seguintes à democratização do país foram de mudança econômica, cultural, política e social. Hoje muitos dos nossos governantes são oriundos deste sonho... De FHC a Lula, todos dividiram palanques em busca das “Diretas Já” e da liberdade de imprensa.
O sonho dos nossos pais se tornou realidade; são mais de 20 anos de democracia. Mas, e agora, qual será o sonho da nossa juventude? O que aconteceu com os jovens nestes últimos 20 anos? Será que, junto com a “estabilidade democrática”, perdeu-se a vontade de lutar? De se ter um país cada vez melhor?
Quando falamos da “juventude de hoje” idealizamos o passado. Por isso, se eu respondesse a estas perguntas há alguns meses, diria que a juventude tinha se tornado acomodada, isenta das grandes decisões do país, que era alienada e desinteressada das questões sociais e políticas. Porém, nos últimos quatro meses, meus sonhos e os de muitos jovens ganharam vida, reapareceu a vontade de mudança, de ir à luta e de enfrentar seus medos para livrar o país da corrupção. O motivo deste milagre: Brasília, a capital da esperança, capital do Brasil! Foi esta jovem cidade, nascida há 50 anos, que mostrou para o restante do país como os jovens e o povo unido podem realizar grandes feitos, mudar decisões e punir os que abusam da confiança que lhes foi depositada nas urnas. Tenho orgulho de fazer parte da juventude de Brasília, que é digna de comparação com a da “Diretas Já”, cheia de ideais e sem medo de cobrar. 
O fato triste desta situação é que estamos saindo às ruas para pedir respeito, que deveria ser algo inerente ao homem. Pedimos a cassação de alguém que poderia ter ficado marcado na história brasilense como um ícone, pois lutou pela cidade quando jovem e deveria ter usado sua maturidade para gerir a capital do país...
Mais uma vez constatamos que o homem é corruptível e que por dinheiro deixa de ser ideológico, utópico. Nós saímos à rua para destituir do poder o governador da capital, o senhor José Roberto Arruda.
O DF foi pioneiro, pois pela primeira vez na história do Brasil, um governador foi preso durante o mandato, o que não chega a ser um mérito. Porém, se a punição de Arruda se tornou uma vitória popular, ela será também exemplo para todo país, de que, quando o povo quer, ele pode, ele faz, ele é forte! 
Se o sonho dos nossos pais era a democracia, qual será o sonho, a causa da nossa juventude? Eu diria que o de uma política mais honesta, mais participativa e acima de tudo em busca da igualdade de fato. Todos sabemos que, no fundo, vamos encontrar os jovens na linha de frente das revoltas e das revoluções!