terça-feira, 10 de setembro de 2013

Da versão Ana que gosta de política...

Queridos, o texto é um pouco longo, mas é excepcional, coloquei em itálico aqui no blog as partes que eu mais queria ter escrito, rsrs. Acho Paulo Moreira Leite sensacional, e hoje ele mostrou o equilíbrio que tenta usar ao escrever, apesar de sua forte tendência para as correntes ligadas a esquerda.
Bom, talvez eu também tenha um certo viés esquerdista, até porque eu cresci num ambiente onde as pessoas com maior capacidade de sonhar, vontade de mudança, de lutar contra a Ditadura Militar, aqueles que brigaram pela Diretas Já e pela Constituição de 1988 estavam ligadas a esquerda. E eu nos altos dos meus 28 anos ainda me considero jovem, e toda juventude é meio utópica, mas ao contrário dos que saem a rua para protestar, postar fotinhos nas redes sociais, depredar patrimônio que foi construído com nossos impostos, destruir empresas que geram milhares de empregos, minha rebeldia tem causa, a minha causa é a social, é a da boa distribuição de renda, é a de uma democracia de fato, onde todos tenha acesso aos mesmos direitos.
Não quero dizer senhores que acho que o país é o lugar ideal, que não temos do que reclamar, mas quero dizer que estamos no caminho: investindo em educação, saúde, segurança, erradicação da pobreza. Políticas Públicas não são feitas do dia para a noite, e muito menos de um governo para o outro, elas precisam e deveriam ser feitas como um acordo entre cavalheiros, eu não sou do seu governo, tenho ideologias diferentes das suas, mas sei que esse trabalho que você está desenvolvendo em 20, ou 30 anos vai nos dar uma país mais saudável, mais igualitário e por isso, mesmo que seu governo não permaneça, vou levar adiante suas Políticas Públicas, avaliá-las, e adequá-las se necessário. É mais que um compromisso com um partido, com um governo, é um compromisso com uma nação, que espera de quem governa honestidade, respeito, e principalmente, que eles saibam pensar no bem comum.
 
 
 
 
O problema é que a divulgação de dados sociais e econômicos mais recentes mostra que em 20 anos o  país progrediu de forma notável.
Num país que protesta, os dados merecem uma festa
 
Este progresso, que coincide com os governos de FHC e Luiz Inácio Lula da Silva, não merece ser debatido em termos de Fla-Flu.
Fernando Henrique foi capaz, sim, de garantir a estabilidade da moeda e condições mínimas para o funcionamento do Estado. Ajudou a consolidar o sistema financeiro, necessário para o desenvolvimento.
Mas o IDH não deu o salto – o que era 86 virou menos que 1 – porque se gastou pouco. Isso Roberto Campos já fizera em 64, com auxílio das baionetas militares.

A mudança ocorreu porque o Estado realizou ações em profundidade para favorecer a distribuição de renda, proteger o salário e os direitos dos trabalhadores, o financiamento do crescimento, o investimento no mercado interno. Se for para usar expressões econômicas, se FHC soube economizar, Lula soube dividir. São missões difíceis e desafiadoras.