terça-feira, 18 de janeiro de 2011

“A juventude de hoje são os homens trabalhadores do amanhã.” - 21/05/2010

A juventude é o momento onde vivemos da forma mais autônoma os diferentes contextos sociais. Quando tomamos decisões sobre o que estudar e/ou trabalhar, que profissão seguir, se devemos casar, ter filhos, dentre muitas outras que em grande medida irão determinar nossa história de vida. É neste processo de exposição e escolhas é que se consolidam valores, atitudes e preferências, e por isto, é quando o jovem mais precisa de cuidados e atenções especiais, não apenas por parte da família, mas também da sociedade.

Um dos grandes problemas que os jovens enfrentam na atualidade é o desemprego, hoje eles respondem por quase metade da população economicamente ativa que procura por emprego: 3,9 milhões (ou 49,1%) dos 8 milhões de desocupados,por isto, se tornaram o grupo que efetivamente pressiona a economia para a geração de postos de trabalho.

A maior incidência de desemprego entre os jovens se deve às transformações econômicas e sociais pelas quais o País passou nas décadas de 1980 e 1990, como o baixo ritmo de crescimento econômico e a desestruturação do mercado de trabalho, além das deficiências do sistema de ensino, especialmente, do segundo grau.

Ainda hoje na maioria dos países industrializados, ou desenvolvidos, não existe um casamento do ensino com as empresas e nem se quer uma comunicação entre o ensino e o mercado de trabalho. O ensino de primeiro e segundo graus são separados de uma estrutura de ensino que ligue conhecimento à prática, devido à tradição propositadamente errada do sistema de aprendizagem. Somente a universidade, é que tem uma certa abertura ao mercado de trabalho que é questão de vida ou de morte, especificamente, em países periféricos.

O jovem deve ter o seu emprego, não somente para ganhar a vida; mas, para poder associar a intelectualidade das escolas com a vida, deve ter seu espaço garantido hoje, para avançar na criatividade dos que foram seus mestres; pois, do contrário, vai-se ter um jovem desprendido do mercado de trabalho e voltado para coisas que não fazem a sociedade evoluir. Pois as complicações existentes na fase de mudança da vida escolar para a  vida real, o desemprego, a precariedade das condições de trabalho, as baixas recompensas financeiras, podem originar um desestímulo, o descontentamento na atividade profissional.

Quando as empresas estão com problemas e tem que dispensar alguma mão-de-obra, geralmente, ela opta pela dispensa de jovens e/ou mulheres. Do mesmo modo quanto à contratação, há uma preferência por trabalhadores experientes e adultos,  devido estas considerarem eles mais responsáveis e dedicados.

Enfim, é preciso que se faça alguma coisa pelos jovens do nosso país e do mundo inteiro, mas, não é dando a estes tudo o que eles querem e entendem; mas, lhes proporcionando os instrumentos necessários a participar dos processo de produção, porém, não como mão de obra barata, e sim, como um ser produtivo e integrado na sociedade.

Embora o crescimento econômico seja uma condição necessária para a redução do desemprego juvenil, não é condição suficiente. São necessárias também políticas públicas específicas voltadas para melhorar o padrão de inserção dos jovens no mundo do trabalho, maior investimento na escolarização e qualificação dos jovens por meio de programas governamentais.

O governo sentiu a necessidade de políticas para os jovens e hoje temos programas como o ProJovem Urbano e o ProJovem Trabalhador, mas, ainda é preciso muito mais investimentos.

A juventude está tomando caminhos obscuros por culpa daqueles que rejeitam o potencial de criatividade e de liderança que lhe são peculiares. Portanto, dê as mãos aos jovens e faça dessa juventude desamparada as maiores lideranças do amanhã, pois sem ela as crises tomarão proporções incontroláveis.


Ser jovem é lutar para que o futuro determine o presente

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